Derivativo

O que é um derivativo?

Derivativos é um ativo financeiro cujo preço depende, em grande parte, de outro ativo (ativo subjacente).

O nome derivativo vem do fato desse ativo ter seu preço derivado de outro ativo.

Exemplos de derivativos são:

Exemplos de produtos ou ativos subjacentes são:

  • Commodities;
  • Ações;
  • Taxa de Juros; e
  • Outros derivativos.

Padronização

Derivativos são negociados em contratos padronizados, tendo previamente especificados:

  • Quantidade;
  • Qualidade;
  • Prazo de liquidação; e
  • Forma de cotação do ativo-objeto sobre os quais se efetuam as negociações.

Esse tipo de padronização facilita a negociação e a análise dos ativos pelos investidores.

Utilização

Derivativos foram criados como uma forma de proteger investidores de variações no preço dos ativos subsequentes.

Como é possível negociar o contrato antes do vencimento, eles também são utilizados por especuladores que buscam ganhar dinheiro na variação de preços do contrato.

Entendendo um Derivativo

Digamos que eu feche um acordo com você para comprar 100 vacas daqui a um ano pagando R$1.000,00 por vaca.

Esse nosso contrato de compra e venda é um derivativo cujo ativo subjacente é preço da vaca.

Com esse nosso contrato, caso o preço da vaca no vencimento do contrato esteja:

  • Acima de R$1.000: eu estarei protegido e pagarei apenas R$1.000,00 por vaca; e
  • Abaixo de R$1.000: você estará protegido, pois receberá R$1.000,00 por vaca.

O importante é que, com o nosso contrato, travamos o preço de compra/venda de uma vaca no futuro.

Assim, suponha, por exemplo, que o preço da vaca seja um custo que influencie nos lucros da minha empresa. Com esse contrato, não preciso me preocupar com possíveis variações positivas no preço da vaca.

Você por outro lado, pode garantir uma margem de lucro para cada vaca antecipadamente, sem ficar exposto a possíveis variações negativas no preço da vaca.

Variações no preço desse contrato podem, ainda, nos dar oportunidades de especular, tendo lucro ou prejuízo durante a vigência do mesmo.

Ativo Subjacente Valorizando

Imagine que o preço de uma vaca, ao final do contrato, seja de R$1.200,00.

Nesse caso, eu posso comprar as vacas de você por R$1.000,00 e as vender por R$1.200,00 obtendo um lucro de R$200,00 por vaca.

Você, por outro lado, deixará de auferir R$200,00 de para cada vaca vendida.

Ativo Subjacente Desvalorizando

Imagine que o preço de uma vaca, ao final do contrato, seja de R$800,00.

Nesse caso, eu compro as vacas de você por R$1.000,00 e perco a oportunidade de comprá-las por R$800,00 no mercado.

Você, por outro lado, receberá R$200,00 a mais para cada vaca vendida quando comparado ao preço de mercado.

Preço do Contrato

Agora, imagine que, faltando 6 meses para o vencimento do contrato, o preço de uma vaca esteja em R$1.200,00.

Eu posso abordar algum investidor e tentar vender meu contrato a ele em troca de um desconto que leve em consideração o risco do preço da vaca cair até o fim do contrato.

Assim, podemos começar definindo que o preço do contrato seria de R$20.000,00 (R$200,00 por vaca), pois esse é o lucro que o comprador do contrato terá ao final do contrato caso o preço da vaca se mantenha em R$1.200,00.

No entanto é preciso considerar:

  • O risco do preço da vaca cair; e
  • O lucro que o comprador do contrato deseja auferir.

Assim, o comprador aplica um desconto ao preço do contrato e oferece pagar, por exemplo, R$15.000,00 (R$150,00 por vaca) pelo contrato.

Nesse caso, eu terei um ganho especulativo de R$15.000,00 e o comprador do contrato terá um lucro de R$5.000,00 no vencimento do contrato caso o preço da vaca se mantenha em R$1.200,00.

Obviamente, nos seis meses restantes para o vencimento do contrato, o preço da vaca pode subir ou cair, e o preço do contrato variará de acordo com essa mudanças.

Dessa forma, o investidor que comprar esse contrato deverá considerar essas probabilidades no preço que oferece pagar pelo contrato.